IMPORTANTE SABER PARA QUEM TEM OU VAI ADOTAR GALGOS
Texto e trabalho de pesquisa realizado por Cristina Gonçalo de:
Texto e trabalho de pesquisa realizado por Cristina Gonçalo de:
Um filme inspirado na vida e obra de Amadeo de Souza Cardoso, no qual o meu Jack & Eva são protagonistas no papel dos galgos do Amadeo no seu filme que estreou no dia 19 de janeiro /2023 em Lisboa UCI – El Corte Inglés ❤️
São muitas as perguntas e questões que nos colocam todos os dias, antes e depois de adotar um galgo, por isso para esclarecer algumas perguntas básicas, aqui fica o mais importante que necessita ter consigo antes de adotar o seu galgo.
No email, carta e termos de adoção da Katefriends, explica muita coisa mas para quem nunca adotou nenhum, deixamos aqui a informação.
1- No dia da adoção quando for buscar o galgo levar um peitoral de pânico de 3 pontos de apoio, e coleira própria para galgos de forma a evitar fugas iniciais, de preferência com trela dupla. Com o medo e stress das mudanças, eles conseguem MESMO soltar-se e fugir se não for prevenido.
2-Levar também uma chapa de identificação com o contacto do dono para colocar no pescoço ou peitoral do animal quando o for buscar e nunca a retirar. A maioria das pessoas quando encontra um animal perdido, se tiver chapa até o recolhem partindo do princípio que tem donos, não tendo identificação, por vezes tiram apenas fotos, com receio de ter de ficar com ele uns dias até conseguirem resolver a situação. Também evita terem de procurar uma clínica veterinária para verificar leitura do microchip, que podem estar fechadas por ser de noite, feriado, domingo ou ser longe, tornando assim possível ligar aos proprietários de imediato, e o animal ser entregue mais rápido.
3- Prender o galgo ao cinto de segurança do banco de trás, ou nas argolas de fixação de carga da bagageira, de forma a quando abrir a porta ele não consiga fugir.
4 – Galgos fazem muitas gastroenterites iniciais, devido ao medo, stress, mudança de local, desparasitação interna e externa e principalmente mudanças alimentares. Por vezes como estão habituados a comer rações ditas de gama baixa que recorrem aos cereais, as que introduzimos para os recuperar e que os adotantes escolhem depois de adotar, são muito mais ricas em proteína, gordura, fibras, cálcio, fósforo, omega3, etc., provocando no organismo dos galgos com intestinos sensíveis, pele sensível, alergia a alimentos ou outras intolerâncias, com tanta mudança graves problemas gastrointestinais. Desta forma recomenda-se sempre na altura da adoção questionar sobre que ração o animal estava a ser alimentado, para iniciar com a mesma, e se mudar de ração misturar de forma gradual, para evitar problemas graves, sofrimento do animal e despesas acrescidas.
5- Quando adotamos um animal, se o motivo da alteração intestinal estiver relacionado com a alteração de alimentação e desparasitação recente, devemos ter sempre à mão em casa FortiFlora saquetas, dar arroz com frango e retirar a ração, dar também muita água por causa para não desidratar, e em caso de agravamento com vómitos, ruídos fortes no intestino e sangue nas fezes, levar de imediato ao veterinário.
Cristina Gonçalo Katefriends.org
Hoje dia 02/06/2020, na RTP1, às 11H00 na Praça da Alegria, a Katefriends Associação representada pelos seus adotantes Maria Laura Ferreira , Pedro Monteiro e pelo famoso Dr. Mario Santos Arte Veterinária no Porto, conhecedor das características específicas genéticas e da interpretação das análises sanguíneas dos galgos que são MUITO diferentes dos outros cães, resultou numa entrevista completa e assertiva para quem quer aprender mais sobre esta raça. Queremos agradecer de alma e coração, a todos que estiveram presentes, em especial à RTP, ao programa Praça da Alegria, à produção e apresentadores, Jorge Gabriel, Sónia Araújo e Diana Amarante de Albuquerque. Para adoção entre em www.katefriends.org – Adoção de Galgos em Portugal e ajude-nos fazendo FAT ( família de acolhimento temporário), adotando, enviando donativos para podermos irmos buscá-los, recuperá-los e alimentá-los e comprando artigos para galgos e outros na nossa lojinha on-line solidária. Obrigada
(to be continued…)
Texto de Cristina Gonçalo www.katefriends.org
A vida da maioria dos galgos é de um sofrimento constante desde o dia em que nascem.
São explorados ainda muito pequenos (3 meses) para serem cães de corridas durante um curto período que termina entre os 2 e 3 anos. Com o desgaste excessivos dos músculos, articulações, discos intervertebrais em competições, e devido ao doping praticado por muitos dos seus detentores, os animais sofrem de doenças crônicas ainda muito jovens e alguns aparentam ter muito mais idade do que têm na realidade.
Após algumas denúncias efetuadas também a órgãos de comunicação social, entre os quais a TVI, que passou a 15 de Outubro de 2019 às 20H43 no Jornal da 8h, uma reportagem da Jornalista Alexandra Borges sobre os maus tratos das corridas de galgos, onde apareceram testemunhas ligadas às corridas de galgos de cara tapada a confirmar a dura realidade da vida sofrida destes animais.
“Out of the record”, foi denunciado por elementos ligados à FNG (Federação Nacional de Galgueiros), que não concordam com as práticas dos seus “colegas”, que 80% dos galgos que competem em corridas de lebre mecânica, e de corridas de lebres vivas a corricão no nosso país, quando lesionados, doentes ou impossibilitados de serem dadores de sangue, o seu destino é a morte ou o abandono, sendo lhes extraído o chip (quando têm) e raspadas ou efetuados golpes no interior das orelhas para invalidar a leitura das tattoos (quando as têm).
Galgos são a única raça canina que se qualificam como doadores universais de sangue. O tamanho da raça e personalidade tornou-os infelizmente perfeitos para este procedimento. O estilo de corpo permite encontrar veias mais fácil. Todos os animais dadores de sangue deveriam fazer um intervalo de pelo menos 3 meses na sua qualidade de dador.
O sangue do galgo tem ainda a vantagem adicional de ser particularmente rico em glóbulos vermelhos. Estas qualidades fazem o sangue do galgo ainda mais desejável para uso médico e uma fonte de rendimento acrescida, para aos galgueiros que se dedicam a este negócio.
Desta forma os galgos tornaram-se em Portugal e no mundo, vítimas das suas próprias qualidades excecionais.
Em Portugal muitos detentores de galgos começaram a ver aqui uma fonte de rendimento para os seus cães que ainda utilizam nas corridas, bem como os que já não servem para elas, transformando-os em prisioneiros para extração de sangue até completarem 5 anos, idade limite para um galgo poder ser dador.
Muitos galgos de corrida são alojados em instalações espalhadas pelo país no Norte, no Centro e no Sul, onde os mantêm doadores “cativos” até não poderem servir mais.
Estas estruturas são ilegais e não são controladas por nenhuma entidade fiscalizadora.
O que acontece a todos os galgos dadores cativos após completarem 5 anos?
DENUNCIE NÃO OMITA NÃO ENCUBRA:
LIGUE PARA AS LINHAS DE APOIO AOS MAUS TRATOS ANIMAIS DE PORTUGAL:
SEPNA
Tel. 808 200 520
E-mail: sepna@gnr.pt / dsepna@gnr.pt
PSP DEFESA ANIMAL
Tel. 21 765 42 42
E-mail: defesanimal@psp.pt
POLÍCIA JUDICIÁRIA
CONTACTE A KATEFRIENDS:
Email: katefriends@katefriends.org
Galgo, a sua história
O Greyhound tem mais de 6.000 anos de história. Evidências disso foram descobertas em túmulos, com esculturas de cães de pernas longas, focinhos compridos e pescoços compridos em Catal-Huyuk, que é hoje o sudoeste da Turquia. Essas esculturas remontam a 6000 a.C. e sabemos que durante esse tempo, esculturas ou desenhos representavam algo de valor. Figuras famosas históricas conhecidas como Cleópatra, Alexandre o Grande, Rainha Elizabeth I, Rainha Victoria e General George Custer, tiveram galgos.
Durante os tempos egípcios, os faraós conhecidos por possuir galgos foram, Tutancâmon, Amenófis II, Tutmés III, Rainha Hatshepsut, Cleópatra VII, e Alexandre o Grande que possuía um galgo chamado Peritus, que cavalgava ao seu lado em muitas grandes batalhas. Durante uma fatídica batalha, Peritus lutou para atacar um elefante e como se pode imaginar, Peritas perdeu essa batalha. Mas como Alexandre ficou tão impressionado com esse ato de bravura, ele nomeou uma cidade de Peritus e mandou construir e erguer uma estátua em homenagem ao seu cão na praça da cidade.
Durante a fome da Idade Média, os galgos quase se extinguiram, os clérigos é que os salvaram e criaram para a nobreza. O rei Howell do País de Gales estabeleceu uma lei que tornava o assassinato de um galgo uma ofensa punível com a morte. Em 1014, o rei Canuto da Inglaterra estabeleceu uma lei que proibia os plebeus de possuírem esses cães de caça régios. Plebeus apanhados com esses cães foram severamente punidos e matar um galgo foi uma sentença punível com a morte. Cães em geral durante esta época foram desprezados, enquanto o Greyhound foi considerado altamente valorizado. Nos túmulos durante este tempo, os galgos são descritos como símbolos de poder, junto com o leão para simbolizar a força.
O período da Renascença trouxe consigo muitos novos artistas e galgos foram um foco frequente em pinturas. Artistas como Veronese, Pisanello e Uccello imortalizaram os galgos nas suas obras de arte.
Com o advento da era vitoriana, a realeza não eram as únicas pessoas autorizada a possuir galgos. As pessoas que ascendiam em status elevados começaram a gostar da raça, que começou a ser usada para perseguir lebres em campo. Muitos desses eventos foram moda na altura mas posteriormente a 2005, tornaram-se ilegais os eventos de lebre na Inglaterra e no País de Gales, e a Copa de Waterloo não ocorreu desde então.
Galgos chegaram à América com os exploradores espanhóis durante os anos 1500 e foram alguns dos primeiros cães registrados em exposições de cães americanos durante os anos 1800, de acordo com o American Kennel Club (AKC). Houve alguns galgos famosos nas Américas durante os tempos coloniais, entre eles um galgo chamado Azor, do líder militar alemão e que foi a companhia do barão Von Stueben, durante um longo inverno em Valley Forge, enquanto o Exército Continental estava sendo treinado durante a Guerra Revolucionária. Azor foi relatado como um galgo muito grande com grandes patas que acompanhavam Von Stueben em todos os lugares.
General Custer e seus Greyhounds
Em meados de 1800, os galgos foram importados da Irlanda e da Inglaterra principalmente para caçar os coelhos e proteger as plantações dos agricultores, tornaram-se vitais para os proprietários de fazendas no meio-oeste americano. Um famoso dono de galgos durante este tempo foi o general George Custer. Dizem que na véspera da batalha em Little Big Horn, o General Custer enviou os seus galgos para a cidade com um de seus oficiais militares, para garantir a segurança de seus cães. Custer foi relatado como possuindo mais de 40 galgos.
Foi depois de ano de 1900 que as corridas de galgos foram introduzidas nas Américas. Owen Patrick Smith inventou a isca de coelho artificial que se movia em uma pista circular em Emeryville, Califórnia em 1926. Este seria o começo das corridas de galgos nos EUA, mas realmente foi só depois do ano 1930 que as corridas de galgos começaram a existir, e os galgos a serem explorados duma forma desumana e cruel, perdendo todo o respeito e dignidade que durante séculos lhes foi atribuído, para serem explorados e forçados a correr, beneficiando uma indústria competitiva e organizada, onde é permitido que o público aposte no resultado, e a maioria dos animais dopados, descartados ou mortos no final.
O galgo é o primeiro cão mencionado na literatura. A primeira menção de qualquer raça canina na literatura remonta a cerca de 800 aC. Na literatura grega, um livro chamado The Odyssey contou a história de um homem chamado Odysseus que saiu de casa por 20 anos. Quando chegou em casa, o único que o reconheceu foi seu Greyhound “Argus”, que era apenas um filhote quando saiu de casa.
O galgo é a única raça de cão mencionado na Bíblia (versão King James, Provérbios 30: 29-31)
29 “Existem três coisas que são magníficas, sim, quatro únicas e majestosas de se ver;”
30 “Um leão, o mais forte entre os animais e que nada teme;”
31 “Um galgo; Um bode também; E um rei à frente de seu exército.”
Greyhound o segundo animal de quatro patas mais veloz do Mundo em slow motion,
Os galgos tal como todos os cães gostam de correr mas para brincar e divertirem-se com outros cães.
Galgos não gostam de correr por imposição e obrigação como acontece nas corridas de galgos onde são explorados, levados até ao limite e depois descartados.
Este é o principal motivo do seu abandono, tortura e morte em todo o Mundo.
Cães podem realmente amar seus donos
Pesquisadores afirmam que animais domésticos realmente amam seus donos. Experimentos descobriram que os animais também liberam oxitocina – o mesmo “hormônio do amor” que em seres humanos cria laços e vínculos nos relacionamentos.
A oxitocina é liberada em nosso organismo em diversas situações sociais e os nossos corpos a produzem em altas concentrações durante interações sociais positivas, como ao se apaixonar, experimentar um orgasmo, realizar um parto e amamentar.
Paul Zak, professor da Claremont Graduate University, na Califórnia, realizou vários testes para medir os níveis do hormônio que eram liberados quando os animais interagiam com outros animais e seres humanos.
A equipe obteve amostras de sangue de um terrier de raça mista doméstica e uma cabra que regularmente brincavam um com o outro.
— O resultado foi muito surpreendente. O cão teve um aumento de 48% no índice do hormônio, o que é considerado alto até para um ser humano— comentou Zak.
Segundo ele, a oxitocina surge para ajudar nas ligações afetivas, e o estudo mostra que os animais domesticados formam ligações e sentem o amor da mesma forma que os humanos. Ele complementou dizendo que apenas os animais que foram domesticados aparentam mostrar essa resposta.
Em um segundo experimento, 100 pessoas coletaram amostras de sangue para estabelecer seus estados fisiológicos basais. Em seguida, os participantes se deslocaram para uma sala privada e brincaram com um cão ou gato por 15 minutos. Logo após, realizaram outra coleta e seus níveis de oxitocina foram medidos.
Durante o processo, os cientistas verificaram que as variações nos seres humanos diferem em cada um, assim como os animais produzem respostas diversas.
O estudo também concluiu que algumas pessoas simplesmente não são “pessoas de animais”, e não mostraram nenhum efeito quando lhe foi dado um filhote de cachorro para cuidar. Isso mostra que nem todos os indivíduos são estimulados por animais de estimação.
ver:http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticia/2014/04/caes-podem-realmente-amar-seus-donos-4487406.html