LAGARTAS DO PINHEIRO TÓXICAS E FATAIS

Também conhecida como processionária do pinheiro, os seus ninhos têm um aspeto de novelo de seda, facilmente identificáveis nas copas dos pinheiros, onde as lagartas permanecem em crescimento ativo.
É a partir de Janeiro e até fins de Maio (com oscilações provocadas pelas condições climatéricas), que as lagartas descem das copas das árvores hospedeiras até ao solo, em procissão (daí o nome comum de processionária) normalmente liderada por uma fêmea.
Em animais domésticos o diagnóstico de intoxicação por contacto pela processionária é muitas vezes fatal. No  cão e no gato é preciso estar atento pois abocanham ou comem este tipo de lagartas, se isso acontecer as consequências serão focinho inchado (edemaciado) língua grossa (macroglossia) por vezes azulada (cianótica), babar intenso (hipersiália e sialorreia), comichão (prurido), vómito e dor intensa.
Em casos menos frequentes surge a tosse, as dificuldades respiratórias e a asfixia. O choque anafilático é mais  raro na sequência do contacto com a processionária, mas em qualquer dos casos terá de transportar o animal ao veterinário com a máxima urgência.
O tempo que decorre entre o contacto com os pêlos urticantes da lagarta do pinheiro e a instauração do tratamento é crucial no sucesso deste último. A extensão das lesões depende também da quantidade de alergeno, ou seja, da quantidade de pêlos urticantes que contactaram com a pele, mucosas, olhos, ou foram inalados. O tratamento consiste em bloquear a reacção alérgica capaz de provocar lesões irreversíveis como sejam a necrose (morte) da língua e dos lábios e a cegueira. O estado deplorável em que muitas vezes fica o animal impedindo-o de continuar a fazer coisas tão básicas como comer e beber leva o dono a optar pela eutanásia. Não chegando a este extremo, é infelizmente frequente a queda de parte da língua ou lábios.
Na altura da procissão das lagartas (de Fevereiro a Maio), é recomendado fazer a sua destruição mecânica criando uma espécie de armadilha no tronco do pinheiro, que consiste numa cinta de plástico com cerca de 1 metro embebida em cola inodora (à base de poli-isolbutadieno). As que escaparam a este método podem ser capturadas no chão (enquanto rastejam) ou desenterradas do solo (a cerca de centímetro e meio de profundidade) com o auxílio de algum instrumento de jardinagem adequado e posteriormente esmagadas ou queimadas.

Qualquer um dos métodos de combate a esta praga florestal exige o máximo de cuidado por parte de quem o pratica. É indispensável o uso de luvas, vestuário apropriado para protecção de todo o corpo, máscara de protecção para nariz e boca. Há que seguir à risca as instruções de manuseamento e utilização de cada produto.

Pelo que ficou dito: Em zonas florestais onde a lagarta do pinheiro é hóspede, deve evitar-se o passeio ou a pastagem dos animais bem como a aproximação das crianças, principalmente na Primavera. Em caso de contacto com a processionária, o tratamento médico ou médico-veterinário é urgente!

Em caso de se deparar com esta praga avise imediatamente os serviços da Câmara Municipal da zona em questão sobre a presença da Processionária.

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